O Rosário e outras devoções marianas

26/12/2014 11:13

 

Pe. Edward McNamara, LC, professor de teologia e diretor espiritual, responde sobre a recitação dos mistérios do Rosário

Roma, 24 de Outubro de 2014 (Zenit.org) Pe. Edward McNamara, L.C.

Em sua coluna sobre liturgia, o padre Edward McNamara, L.C., professor de liturgia e decano de Teologia no Pontifício Ateneu "Regina Apostolorum", em Roma, responde a questões levantadas por um leitor de Hong Kong e outro do Quênia.

Eu gostaria de saber em quais os dias da semana devemos recitar os mistérios do Rosário e se tem uma ordem fixa. Podemos alterar de acordo as próprias preferências? - M. ​​R., Hong Kong. / Recitar o Rosário é a única maneira de se dirigir a Maria? Quais são as outras possibilidades? - C.M., Nairobi, Quênia.

Outubro é o mês dedicado ao Rosário, parece um bom momento para responder a estas duas questões.

Após a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae, assinada pelo Papa João Paulo em 16 de outubro de 2002, o ciclo de meditações dos mistérios do Rosário para cada dia da semana é o seguinte:

- Mistérios Gozosos (ou da alegria): segundas e sábados

- Mistérios Luminosos (ou da luz): quintas-feiras

- Mistérios Dolorosos (ou das dores): terças e sextas-feiras

- Mistérios Gloriosos (ou da glória): quartas-feiras e domingos.

Esta distribuição dos mistérios durante a semana é um costume e não algo fixado por lei específica, por isso há uma ampla margem para a devoção pessoal. Também é costume rezar os mistérios que são mais apropriados para as respectivas festas. Por exemplo, se a Anunciação cai em uma sexta-feira, é mais apropriado rezar os Mistérios Gozosos do que que os Dolorosos.

Da mesma forma, podem existir outras boas razões para não seguir o ciclo normal dos mistérios do rosário: Durante retiros e exercícios espirituais, por exemplo, os mistérios são, muitas vezes, recitados de acordo com os temas do dia. Depois, pode haver razões pessoais que levam a mudanças no ciclo normal dos mistérios.

Claro que você pode rezar em um determinado dia mais do que um grupo de mistérios e até recitar o rosário completo. Apesar do trabalho, São João Paulo II, muitas vezes, rezava o Rosário completo diariamente. Normalmente, recomenda-se rezar direto pelo menos os cinco mistérios do dia, forma para obter a indulgência associada ao rosário. O Enchiridion Indulgentiarum (ou Manual das Indulgências) diz a este respeito:

"Concede-se indulgência plenária ao fiel que rezar o Rosário na igreja, oratório ou em família, na comunidade religiosa, em piedosas associações. Em outras circunstâncias, concede-se indulgência parcial”.

Mesmo o Rosário sendo a oração mariana por excelência e a mais recomendada pelos Papas ao longo dos séculos, existem outras formas para honrar a Virgem Maria.

O Manual das Indulgências oferece várias sugestões, oficialmente reconhecidas pela Igreja e associadas a indulgências, quer plenária ou parcial.

Você pode rezar o Magnificat, o Angelus ou o Regina Caeli. Ou recitar as orações "Maria, Mãe das Graças", o Memorare de São Bernardo de Claraval. Além disso, a Salve Regina, e as orações Sancta Maria Sucurre Miseris e Sub Tuum Praesidium. Esta oração é talvez a mais antiga invocação a Maria sob o título de Mãe de Deus.

A indulgência plenária, em termos semelhantes aos do Rosário, também foi concedida pelo Papa João Paulo II para os que rezam ou participam na celebração do hino Akathistos do rito bizantino. Dedicado ao Theotokos ou "Mãe de Deus" é uma das mais belas expressões poéticas de amor a Nossa Senhora.

Existem muitas outras orações e hinos dedicados à Virgem Maria que promovem a devoção e a veneração a Ela e oferecem inspiração para imitar suas virtudes, que é a maior honra que podemos dar a Maria.

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Os leitores podem enviar perguntas para liturgia.zenit@zenit.org . Pedimos mencionar a palavra "Liturgia" no campo assunto. O texto deve incluir as iniciais do remetente, cidade, estado e país. O pe. McNamara só pode responder a uma pequena seleção das muitas perguntas que recebemos.